A logística de alimentos no Brasil: como garantir eficiência na cadeia de suprimentos

A logística de alimentos no Brasil: como garantir eficiência na cadeia de suprimentos

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, a indústria brasileira de alimentos e bebidas é a maior do País: representa 10,8% do PIB brasileiro e gera 1,8 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

A logística de alimentos é uma das áreas mais importantes na cadeia de suprimentos, pois envolve o transporte, armazenamento e distribuição de produtos alimentícios desde sua origem até o consumidor final.

No Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, essa eficiência é essencial para garantir a segurança alimentar, a qualidade dos produtos e a satisfação do consumidor final.

No entanto, a logística de alimentos ainda apresenta desafios bastante específicos, como o controle de temperatura, controle de lote e data de validade, a rastreabilidade e o cumprimento de regulamentações sanitárias, que exigem soluções inovadoras e eficazes para manter a qualidade dos produtos e a competitividade no mercado internacional. 

As commodities brasileiras

Commodities são mercadorias primárias de origem agrícola, pecuária, mineral ou ambiental que fornecem matérias-primas importantes para a produção industrial. As principais commodities brasileiras são os produtos agrícolas e os minerais e representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. 

No contexto das commodities agrícolas como soja, milho, café e açúcar, a logística desempenha papel fundamental no processo de escoamento de produção, já que envolve a coordenação e integração de um grande número de elementos, como: transportes, armazenamento, embalagem, distribuição e gerenciamento de informações.

Muitas vezes, as commodities precisam ser transportadas por longas distâncias por rodovias, ferrovias, hidrovias ou por meio de transporte intermodal (que combina diferentes meios de transporte).

Por isso, uma logística eficiente é essencial para manter a competitividade das commodities agrícolas no mercado internacional, já que o processo logístico influencia diretamente nos custos de produção e transporte dos produtores, além de impactar também a qualidade dos produtos.

Além do impacto nos preços, a qualidade dos produtos é muito importante. Por isso, existe uma enorme preocupação em manter condições específicas de armazenamento, como temperatura ideal, umidade correta e ventilação controladas, para preservar a qualidade das mercadorias e evitar perdas.

Dessa maneira, a gestão adequada de estoques e a infraestrutura de armazenamento também se tornam essenciais para a logística de alimentos no Brasil.

Leia também:
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As regulamentações da logística de alimentos no Brasil

Uma cadeia de suprimentos alimentares inclui uma série de atividades complexas, como a produção, processamento, armazenamento, transporte e distribuição de alimentos até chegar ao ponto de venda final.

O setor alimentício é altamente regulamentado e requer cuidados especiais para manter a qualidade e a segurança dos produtos, além de demandar soluções logísticas ágeis para a entrega dos produtos frescos e perecíveis, como o GTI Plug.

No Brasil, os principais órgãos responsáveis pela regulamentação da logística de alimentos são: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – SVS.  

O principal objetivo das agências é proteger a saúde pública no país e garantir a segurança alimentar. Conheça agora as principais resoluções que regulamentam a logística de alimentos no país: 

RDC nº 275/2002

É a regulamentação que estabelece os procedimentos operacionais padronizados para estabelecimentos que produzem, manipulam, armazenam, transportam e comercializam alimentos e bebidas.

Ela também define requisitos para seleção e recebimento de matérias-primas e ingredientes, bem como para o controle de qualidade durante todo o processo produtivo. 

RDC nº 216/2004: 

É a regulamentação que estabelece as Boas Práticas para serviços de alimentação, ou seja, para estabelecimentos que preparam e/ou comercializam alimentos prontos para consumo, como restaurantes, bares, lanchonetes, entre outros. 

RDC nº 222/2018:

É a regulamentação que estabelece os requisitos para a elaboração de Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) aplicados aos estabelecimentos que produzem e/ou fracionam alimentos destinados ao consumo humano.

Portaria SVS/MS nº 326/1997: 

É a regulamentação que estabelece os regulamentos sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

A Portaria SVS/MS nº 326/1997 é uma das mais antigas e importantes para a logística de alimentos no Brasil.

Atualmente, o setor é altamente regulamentado e exige um alto grau de profissionalismo e conhecimento técnico.

As empresas que atuam nesse mercado precisam estar constantemente em busca de soluções inovadoras e tecnologicamente avançadas para atender às demandas de clientes e consumidores finais.

Como garantir a eficiência na cadeia de suprimentos

Qualquer falha em uma das etapas logísticas pode comprometer toda a cadeia de suprimentos e afetar a qualidade dos produtos que serão entregues aos consumidores finais.

Por isso, algumas medidas são fundamentais para que o funcionamento da cadeia seja garantido. Conheça as 5 principais medidas:

Gerenciamento de estoques: um dos principais desafios na logística de alimentos é garantir que os produtos sejam armazenados em condições adequadas e que não expiram antes do prazo de validade.

Para evitar este problema, é fundamental adotar um sistema eficiente de gerenciamento de estoques, que permita controlar a entrada e a saída de mercadorias e monitorar a validade dos produtos.

Controle de temperatura: outro fator crítico na logística de alimentos é o controle da temperatura. Muitos produtos perecíveis exigem condições específicas de armazenamento e transporte, como temperatura e umidade controladas.

Para conseguir atender às especificidades da logística de alimentos, é fundamental realizar o investimento em sistemas de monitoramento de temperatura e equipamentos de refrigeração.

Rastreabilidade: a rastreabilidade dos produtos é essencial para identificar a origem de eventuais problemas e agir rapidamente para solucioná-los.

Este monitoramento pode ser realizado através da adoção de sistemas de rastreamento de produtos, que permitem monitorar todo o processo logístico, desde a produção até a entrega.

Tecnologia 4.0: o uso de tecnologias avançadas, como sistemas de inteligência artificial, automação de processos e monitoramento em tempo real, pode ajudar a tornar a cadeia de suprimentos de alimentos ainda mais eficiente.

A adoção de tecnologias 4.0 permitem a redução de tempo e custos de processos como gestão de estoques, roteirização de entregas e o monitoramento de temperatura.

Conclusão

Como você acompanhou ao longo do texto, a logística de alimentos é extremamente importante para a economia brasileira.

Justamente por esse motivo, o setor possui vários tipos de regulamentações e normas técnicas para a logística que ajudam a manter um alto padrão de qualidade para os produtos exportados e consumidos no mercado interno.

Além das normas, o ramo de alimentos exige também especificidades em relação ao controle de qualidade (temperatura, umidade e ventilação).

Esse monitoramento pode ser facilmente realizado a partir da utilização de softwares e plataformas de gerenciamento de estoques online, como o GTI Plug.

A principal função dos sistemas de gerenciamento de estoque online, como GTI Plug, é permitir que empresas sejam capazes de monitorar e controlar suas operações de estoque (e armazéns) em tempo real, acompanhando a entrada e saída de produtos, gerenciando níveis, coletando dados para prever demandas e identificando possíveis problemas e oportunidades.

Se você quer garantir o sucesso da sua empresa de logística de alimentos, não deixe falar com a gente!

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O Processo de Recebimento no Armazém

O Processo de Recebimento no Armazém

Processo de Recebimento no Armazém é uma das etapas mais importantes de toda a logística interna desse departamento, que inclui:

  1. Recebimento
  2. Conferência e Endereçamento
  3. Identificação dos Itens
  4. Estocagem ou Armazenamento
  5. Separação dos Itens
  6. Embalagem
  7. Expedição

Ou seja, tudo começa com o Processo de Recebimento e se ele não for tratado com a sua devida importância, o item entra errado no Armazém e consequentemente todas as outras etapas seguirão essa incoerência.

Por isso, neste artigo, vamos falar desse assunto que faz parte da rotina de muitos armazéns e explicar o porquê o Recebimento no Armazém é tão importante.

Continue lendo e saiba mais sobre o assunto!

Processo de Recebimento no Armazém: Uma das etapas mais importantes em um armazém

Antes de mais nada, o que é o Processo de Recebimento no Armazém? Ele é a etapa que ocorre assim que os itens adquiridos chegam em seu galpão.

Nesse sentido, a grande importância dessa fase é que, se não bem realizada, pode ocasionar incoerências, falhas e perdas em todo o processo de armazenagem e controle de estoque.

Do mesmo modo que controlar o estoque e realizar a compra dos itens com uma boa margem de rentabilidade para a sua empresa, garantir que o Processo de Recebimento no Armazém seja bem feito aumenta a produtividade e elimina desperdícios.

Mas como fazer isso alinhado com as melhores práticas de mercado?

Entenda as etapas do Processo de Recebimento no Armazém

1. Avaliação quantitativa

Imediatamente em que os itens são entregues pelo fornecedor, deve se iniciar o Processo de Recebimento no Armazém.

Nessa etapa quantitativa o usuário irá checar quantidade de itens, separar em um espaço adequado para realizar o Recebimento e garantir que a entrada desses produtos será feita de forma correta no estoque.

2. Avaliação qualitativa

Logo depois, se inicia o processo de conferência mais minuciosa, onde serão avaliadas as especificações dos itens entregues, comparadas ao que foi adquirido pelo comprador.

Nesse interim, deve ser feita a checagem de dimensões, modelo, marca, cor, partnumber dos itens que estão sendo recebidos.

Nesse momento, os itens em desacordo com o pedido de compra devem ser separados para serem substituídos pelo fornecedor.

3. Conferência da nota

Anteriormente a entrada da nota no sistema, o usuário deve garantir que ela esteja de acordo com o que foi pedido.

Afinal, por mais que o valor da compra esteja em conformidade, os itens adquiridos devem estar em 100% de conformidade.

Essa fase de checagem entre nota entregue com o que foi comprado, pode ser feita antes das avaliações quantitativas e qualitativas, porém é importante você entender que, sendo feita posteriormente, as chances de acerto no lançamento são maiores.

4. Identificação dos Itens e Estocagem ou Armazenamento

Posteriormente ao Recebimento e Conferência o usuário irá identificar os itens, seguido as regras de endereçamento do seu Armazém, dar entrada no sistema e estocar no seu devido lugar.

Por que você deve apostar na Conferência Cega?

Quando o usuário está de posse da nota fiscal do fornecedor ou do pedido de compras, o processo de Conferência de mercadorias poderá se tornar mais tendencioso a seguir o que está informado na documentação.

Assim, promover ao usuário um ambiente onde ele vai realizar a conferência das mercadorias, informando o que encontrou no meio físico sem ter noção do que se encontra no pedido ou na nota fiscal, tende a ser um processo mais confiável para o Gestor de Operações.

Posteriormente, sistêmica ou manualmente é feita uma comparação entre o que se esperava ter recebido e o que realmente chegou ao Armazém para sim poder dar entrada e finalizar o Recebimento.

Posso automatizar o Processo de Recebimento no Armazém?

Não só pode como deve!

Utilizar a tecnologia a seu favor é mais um aliado junto da conferência cega pois, além de agilizar o processo de Recebimento no Armazém, reduz substancialmente a possibilidade de erros de apontamentos manuais realizados por usuários.

Se o processo de Controle de Armazém aí na sua empresa ainda não é automatizado ou integrado, a GTI Plug tem uma solução completa para você.

Somos um WMS que, além de integrar com os melhores ERPs de mercado e operar 100% online, está preparado para trabalhar tanto com o código de barras quanto com a RFID.

Nosso time técnico é altamente capacitado para suportar toda a sua operação, garantindo que ela esteja 100% disponível.

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