A logística de alimentos no Brasil: como garantir eficiência na cadeia de suprimentos

26/04/2023
Tempo de leitura: 5 minutos
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Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos, a indústria brasileira de alimentos e bebidas é a maior do País: representa 10,8% do PIB brasileiro e gera 1,8 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

A logística de alimentos é uma das áreas mais importantes na cadeia de suprimentos, pois envolve o transporte, armazenamento e distribuição de produtos alimentícios desde sua origem até o consumidor final.

No Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, essa eficiência é essencial para garantir a segurança alimentar, a qualidade dos produtos e a satisfação do consumidor final.

No entanto, a logística de alimentos ainda apresenta desafios bastante específicos, como o controle de temperatura, controle de lote e data de validade, a rastreabilidade e o cumprimento de regulamentações sanitárias, que exigem soluções inovadoras e eficazes para manter a qualidade dos produtos e a competitividade no mercado internacional. 

As commodities brasileiras

Commodities são mercadorias primárias de origem agrícola, pecuária, mineral ou ambiental que fornecem matérias-primas importantes para a produção industrial. As principais commodities brasileiras são os produtos agrícolas e os minerais e representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. 

No contexto das commodities agrícolas como soja, milho, café e açúcar, a logística desempenha papel fundamental no processo de escoamento de produção, já que envolve a coordenação e integração de um grande número de elementos, como: transportes, armazenamento, embalagem, distribuição e gerenciamento de informações.

Muitas vezes, as commodities precisam ser transportadas por longas distâncias por rodovias, ferrovias, hidrovias ou por meio de transporte intermodal (que combina diferentes meios de transporte).

Por isso, uma logística eficiente é essencial para manter a competitividade das commodities agrícolas no mercado internacional, já que o processo logístico influencia diretamente nos custos de produção e transporte dos produtores, além de impactar também a qualidade dos produtos.

Além do impacto nos preços, a qualidade dos produtos é muito importante. Por isso, existe uma enorme preocupação em manter condições específicas de armazenamento, como temperatura ideal, umidade correta e ventilação controladas, para preservar a qualidade das mercadorias e evitar perdas.

Dessa maneira, a gestão adequada de estoques e a infraestrutura de armazenamento também se tornam essenciais para a logística de alimentos no Brasil.

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As regulamentações da logística de alimentos no Brasil

Uma cadeia de suprimentos alimentares inclui uma série de atividades complexas, como a produção, processamento, armazenamento, transporte e distribuição de alimentos até chegar ao ponto de venda final.

O setor alimentício é altamente regulamentado e requer cuidados especiais para manter a qualidade e a segurança dos produtos, além de demandar soluções logísticas ágeis para a entrega dos produtos frescos e perecíveis, como o GTI Plug.

No Brasil, os principais órgãos responsáveis pela regulamentação da logística de alimentos são: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – SVS.  

O principal objetivo das agências é proteger a saúde pública no país e garantir a segurança alimentar. Conheça agora as principais resoluções que regulamentam a logística de alimentos no país: 

RDC nº 275/2002

É a regulamentação que estabelece os procedimentos operacionais padronizados para estabelecimentos que produzem, manipulam, armazenam, transportam e comercializam alimentos e bebidas.

Ela também define requisitos para seleção e recebimento de matérias-primas e ingredientes, bem como para o controle de qualidade durante todo o processo produtivo. 

RDC nº 216/2004: 

É a regulamentação que estabelece as Boas Práticas para serviços de alimentação, ou seja, para estabelecimentos que preparam e/ou comercializam alimentos prontos para consumo, como restaurantes, bares, lanchonetes, entre outros. 

RDC nº 222/2018:

É a regulamentação que estabelece os requisitos para a elaboração de Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) aplicados aos estabelecimentos que produzem e/ou fracionam alimentos destinados ao consumo humano.

Portaria SVS/MS nº 326/1997: 

É a regulamentação que estabelece os regulamentos sobre as condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos.

A Portaria SVS/MS nº 326/1997 é uma das mais antigas e importantes para a logística de alimentos no Brasil.

Atualmente, o setor é altamente regulamentado e exige um alto grau de profissionalismo e conhecimento técnico.

As empresas que atuam nesse mercado precisam estar constantemente em busca de soluções inovadoras e tecnologicamente avançadas para atender às demandas de clientes e consumidores finais.

Como garantir a eficiência na cadeia de suprimentos

Qualquer falha em uma das etapas logísticas pode comprometer toda a cadeia de suprimentos e afetar a qualidade dos produtos que serão entregues aos consumidores finais.

Por isso, algumas medidas são fundamentais para que o funcionamento da cadeia seja garantido. Conheça as 5 principais medidas:

Gerenciamento de estoques: um dos principais desafios na logística de alimentos é garantir que os produtos sejam armazenados em condições adequadas e que não expiram antes do prazo de validade.

Para evitar este problema, é fundamental adotar um sistema eficiente de gerenciamento de estoques, que permita controlar a entrada e a saída de mercadorias e monitorar a validade dos produtos.

Controle de temperatura: outro fator crítico na logística de alimentos é o controle da temperatura. Muitos produtos perecíveis exigem condições específicas de armazenamento e transporte, como temperatura e umidade controladas.

Para conseguir atender às especificidades da logística de alimentos, é fundamental realizar o investimento em sistemas de monitoramento de temperatura e equipamentos de refrigeração.

Rastreabilidade: a rastreabilidade dos produtos é essencial para identificar a origem de eventuais problemas e agir rapidamente para solucioná-los.

Este monitoramento pode ser realizado através da adoção de sistemas de rastreamento de produtos, que permitem monitorar todo o processo logístico, desde a produção até a entrega.

Tecnologia 4.0: o uso de tecnologias avançadas, como sistemas de inteligência artificial, automação de processos e monitoramento em tempo real, pode ajudar a tornar a cadeia de suprimentos de alimentos ainda mais eficiente.

A adoção de tecnologias 4.0 permitem a redução de tempo e custos de processos como gestão de estoques, roteirização de entregas e o monitoramento de temperatura.

Conclusão

Como você acompanhou ao longo do texto, a logística de alimentos é extremamente importante para a economia brasileira.

Justamente por esse motivo, o setor possui vários tipos de regulamentações e normas técnicas para a logística que ajudam a manter um alto padrão de qualidade para os produtos exportados e consumidos no mercado interno.

Além das normas, o ramo de alimentos exige também especificidades em relação ao controle de qualidade (temperatura, umidade e ventilação).

Esse monitoramento pode ser facilmente realizado a partir da utilização de softwares e plataformas de gerenciamento de estoques online, como o GTI Plug.

A principal função dos sistemas de gerenciamento de estoque online, como GTI Plug, é permitir que empresas sejam capazes de monitorar e controlar suas operações de estoque (e armazéns) em tempo real, acompanhando a entrada e saída de produtos, gerenciando níveis, coletando dados para prever demandas e identificando possíveis problemas e oportunidades.

Se você quer garantir o sucesso da sua empresa de logística de alimentos, não deixe falar com a gente!

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